Tratar ou não tratar o pré-diabetes? Eis a questão. A resposta para esse questionamento será respondida durante a apresentação do Dr. Francisco Bandeira sobre o tema, no Simpósio de Diabetes Obesidade e Metabolismo (SIDOM).
Os conceitos do pré-diabetes não mudaram, segundo as colocações do Dr. Francisco. Ele explica que estudos atuais apontam que se o diagnóstico for feito sem uma avaliação cuidadosa podem trazer consequências complicadas para os pacientes. “Dados recentes mostram que diagnosticar a doença por qualquer critério pode ter aumento de risco de infarto, AVC, morte cardiovascular, entre outros”, comentou.
Outro assunto a ser levantado será uma complicação, que ainda tem poucos estudos desenvolvidos na área: neuropatia periférica de fibra fina. “Esse tipo de neuropatia parece ser mais típica do pré-diabetes do que do diabetes e foi muito discutido no Congresso da American Diabetes Association (ADA) deste ano, em Orlando. Atualmente, temos um estudo em andamento para avaliar o impacto da doença”, declarou.
Com base em dados do Diabetes Prevention Program (DPP) – um importante estudo clínico, de fevereiro de 2002, do New England Journal of Medicine – indivíduos com pré-diabetes, que foram acompanhados ao longo do tempo e conseguiram reverter a hemoglobina glicada, diminuíram as chances do diabetes. O Dr. Francisco Bandeira explicou que alguns cuidados necessários nesse processo também serão abordados.
“Existe uma série de estudos com vários medicamentos para tratar e prevenir o diabetes, e serão pontos para o debate. Tratamentos, medicamentos e mudanças no estilo de vida são questões chaves”, finalizou.
O SIDOM será realizado nos dias 26 e 27 de outubro no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca. Os doutores Alexander Benchimol e Walmir Coutinho são os coordenadores do evento. A palestra do Dr. Francisco Bandeira será de 13h45 às 14h05, no dia 27 de outubro.
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